sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CERRO DE POTOSÍ



“Soy el rico Potosí,
Del mundo soy el tesoro,
soy el rey de los montes,
y envidia soy de los reyes”.

Ai de ti, Potosí!
Outrora do mundo o tesouro,
Tangeram os incas e depois se foram.
Levaram a prata e esqueceram o ouro.

Como andas, ó "Cerro Rico" boliviano?
Nascente de rio de prata por longos anos!
Toldado em sangue, em suor e desengano! 

Como anda a formosa urbe do teu sopé, 
Que com Paris naquele tempo rivalizava,
Esculpindo em prata o cálice da nova fé?

Nas ruas estreitas do casario colonial,
 Há mero murmúrio na solidão do altiplano;
Herança de séculos de exploração material;
Sobrevidas míseras na extração do estanho.

Secaram tuas minas de prata,
Nas lágrimas de tuas meninas.
Com poesia se escreve a errata,
Da história tosca de certas sinas.

Eliton Meneses

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