Quando o ódio insano vira um norte tempestuoso,
A semente do mal viceja a insensibilidade humana.
Quando a megalomania encontra adepto fervoroso,
A ignorância prolifera a pérfida insensatez tirana.
Se o aplauso em volta açula o demente impetuoso,
A besta enterra a inocência aflita co'a frieza leviana.
Se a nuvem negra varre a superfície do solo sinuoso,
A semente do bem se rebela contra a farsa mundana.
A luz resseca a soberba do covarde presunçoso,
A treva faz-se o desterro da ignomínia profana,
Quando renasce imponente o sentimento virtuoso.
A austeridade judia é gêmea da liberdade cigana.
O jugo do semelhante um viés maníaco defeituoso.
Aos humilhados e ofendidos a igualdade soberana.
Eliton Meneses
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