No canto do quarto, sentado sozinho,
Repara no espelho um desfile passar:
Os sonhos se foram num redemoinho,
Não há mais menino no rio a brincar.
Foi falsa esperança, velhaco adivinho:
Não basta o sereno p'ra terra invernar.
O logro não veio, o agora é mesquinho;
O porvir segue ainda uma tela a pintar.
Na larga avenida, desce em desalinho
O bloco mambembe, num lento pisar.
Esgueira-se entre a poeira e o espinho,
A máscara que ensaia seu tosco cantar.
No galho lá fora, canta o passarinho:
A vida se espraia p'ra além do espiar.
Há rastro escuso no longo caminho,
Oposto ao destino que intenta chegar.
Os sonhos se foram num redemoinho,
Não há mais menino no rio a brincar.
Foi falsa esperança, velhaco adivinho:
Não basta o sereno p'ra terra invernar.
O logro não veio, o agora é mesquinho;
O porvir segue ainda uma tela a pintar.
Na larga avenida, desce em desalinho
O bloco mambembe, num lento pisar.
Esgueira-se entre a poeira e o espinho,
A máscara que ensaia seu tosco cantar.
No galho lá fora, canta o passarinho:
A vida se espraia p'ra além do espiar.
Há rastro escuso no longo caminho,
Oposto ao destino que intenta chegar.
Eliton Meneses
Um comentário:
meu prezado Eliton
Surpresa agradavel me deparar com seu poema: A mascara.
gostei muito, é uma poema rico, em rimas, em ritmo e em conteudo. Mto bom. Permita-me copia-lo para a minha antologia de poemas, junto aos grandes, Fernando Pessoa, Mario Quintana, Manoel Banddeira Vinicius de Moraes..
Parabéns
Mardone
Postar um comentário