Era o ano de 1930 no município de Tamboril, já no último instante do crepúsculo, quando um rapaz voltava sozinho do seu roçado depois de um dia inteiro dedicado ao trabalho de roçar o mato. Ao chegar em casa, deparou com ela fechada e sem ninguém. De imediato assustou-se, mas lembrou-se de que era dia de quermesse e concluiu a ausência de todos. Entrou na casa, fez os seus asseios e foi preparar o seu jantar. Cozinhou um jerimum, machucou-o e comeu com leite e açúcar. Como estava enfadado e já perdera quase a metade do festejo, resolveu ficar em casa. Presepeiro, decidiu assustar os familiares quando chegassem. Pegou um jerimum e fez uma cara nela, colocou uma lamparina acesa dentro, pendurou em um armador envolto num lençol branco bem na frente da porta de entrada e ficou escondido no canto da sala para presenciar o susto das pessoas. Passados cinco minutos, ele olhou para o jerimum e olhou para porta. Passados dez minutos, ele olhou para o jerimum e olhou para a porta. Passados vinte minutos, ele olhou para o jerimum e percebeu que estava era sozinho com uma "assombração"... E sem demora abriu a porta e, num repente, dirigiu-se ao encontro de seus familiares, visto que a criatura acabara vencendo o seu criador...
Cláudio César
Coreaú/CE
P.S.: Fato real acontecido
com meu avô Antônio Rodrigues Tôrres, conhecido como Major.
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