segunda-feira, 9 de junho de 2014

VAI TER COPA!



Inês é morta! A Copa do Mundo 2014 da Fifa no Brasil bate à porta. Muitos erros crassos foram cometidos pelo Governo brasileiro sobretudo no afã de atender às exigências abusivas da Fifa. A lista é enorme, mas, apesar dos erros do Governo, apesar da Fifa, apesar do uso político do evento, pela oposição e pela situação, a Copa do Mundo 2014 no Brasil é um sonho que acaba de virar realidade para milhões de aficionados pelo futebol no Brasil e no mundo e não adianta querer boicotá-lo.  
Os gastos decerto são muitos e às vezes desnecessários, mas representam de todo modo uma fatia insignificante do nosso PIB, sem levar em conta o retorno que a Copa trará, com turismo e infraestrutura, por exemplo. Alguns argumentos contrários à Copa cheiram à política partidária e são manifestamente falaciosos. As injustiças sociais do Brasil não são decorrentes da realização da Copa do Mundo 2014, tampouco seriam resolvidas, ainda que minimamente, caso a Copa não fosse realizada por cá. 
Somos o "país do futebol", a nossa cultura tem no futebol o seu tempero mais atraente, vivemos o mais duradouro período democrático que a história do país já registrou, somos a 6.ª economia do mundo...
Ora, se a Argentina, o México e a África do Sul realizaram, num passado recente, uma Copa do Mundo, por que o Brasil não poderia realizá-la?   
Desde muito pequeno trago de cor os quatro primeiros colocados de todas as Copas do Mundo, algo que aprendi no Almanaque Abril 1983... Lacrimejei, meio ainda sem entender as coisas, na derrota, nos pênaltis, do Brasil para a França de Michel Platini em 1986; não consegui assistir ao restante da partida entre Brasil e Argentina depois do gol de Caniggia em 1990 (tamanha era a ansiedade que fiquei aos doze anos vagando pelas ruas desertas da Palma, olhando numa casa e noutra para ver se o Brasil já tinha empatado); em 1994, a enorme euforia nacional pela dramática reconquista da "Taça do Mundo" depois de 24 anos; o quase de 1998 (se Ronaldo não tivesse surtado antes da final; se Zidane não estivesse na final...); o surpreendente penta de 2002; o erro de 2006, o erro de 2010... Cada Copa tem sua história, seus dramas e suas alegrias. Em cada Copa o futebol revela a sua força transcendental.     
Na Copa do Mundo de 2014, torcerei muito pelo Brasil, mas acredito que há quatro seleções forte favoritas ao título: 1) o Brasil, pelo peso da torcida e pelo peso da camisa pentacampeã do mundo; 2) a Espanha, por ser a melhor seleção dos últimos dez anos; 3) a Alemanha, por estar no ápice de uma geração brilhante, formada ainda na Copa de 2006 e 4) a Argentina, pelo peso da torcida (jogará praticamente em casa) e por ter, do meio-campo para a frente, o mais poderoso plantel, cujo maestro é simplesmente um dos maiores jogadores da história do futebol, Lionel Messi.  

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