No final do século XIX, surgiu, em Fortaleza/CE, a Padaria Espiritual, uma agremiação cultural formada por jovens escritores, pintores e músicos. Marcada pela ironia, irreverência e senso crítico, bem como por um "sincretismo" literário, a Padaria Espiritual se expressava por meio do jornal "O Pão". Os seus membros criticavam as instituições e valores então vigentes. Para alguns críticos literários e historiadores, a Padaria Espiritual pode ser considerada um movimento pré-modernista que já apresentava alguns aspectos do Modernismo, que somente apareceria no Brasil quase trinta anos depois, na Semana de Arte Moderna, em São Paulo. Assim, de certa forma, o Ceará foi pioneiro em desenvolver uma literatura irreverente, descompromissada e sincrética.
Em Coreaú/CE, no início do século XXI, surgiu – e vem-se consolidando – a Academia Palmense de Letras – APL, com traços pretensamente semelhantes à Padaria Espiritual, além de outros tantos ainda mais pretensiosos. A APL dispõe de 07 (sete) cadeiras, três das quais já ocupadas, a de nº 1 pelo presidente e fundador-mor, Manuel de Jesus, a de nº 2 por este que vos escreve – co-fundador – e a de nº 3 pelo jovem talentoso Benedito Gomes Rodrigues. As outras 04 (quatro) cadeiras serão preenchidas paulatinamente, por eleição do colegiado, pautando-se estritamente pelo mérito dos futuros membros.
Os membros atuais da APL, com características inevitavelmente pós-modernas, já vem-se manifestando por meio de "blogs" diversos, e a agremiação poderá contar num futuro próximo com um periódico impresso, quiçá "A Solda", uma saborosa iguaria das padarias palmenses, a depender também de deliberação do colegiado.
Aliás, enquanto não vem algo específico da APL, anunciamos com júbilo a edição comemorativa dos 10 (dez) anos de lançamento do The New Coreaú Arre Égua Times, que sairá do prelo no próximo dia 11 de junho de 2012, editado por Manuel de Jesus, contando com textos do editor e de alguns colaboradores, além de outras surpresas que não podem ser antecipadas. Aguardem!
Um comentário:
Este sim é preciso ir para a edição comemorativa dos dez anos de Arre Égua!
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