sábado, 24 de outubro de 2015

DOSTOIÉVSKI. OS DEMÔNIOS


"– Não, não na futura vida eterna, mas na vida eterna aqui. Há momentos, você chega a esses momentos, em que de repente o tempo para e acontece a eternidade."
"Uma vez Stiepan Trofímovitch me assegurou que os mais elevados talentos artísticos podem ser os mais terríveis canalhas e que uma coisa não impede a outra."
"De modo geral, em toda desgraça do próximo há sempre algo que alegra o olho estranho – não importa de quem seja."
"– Quais são as suas preocupações; não me diga que são essas bobagens?"
"... o que é que entendes de Deus? Ora, foi um estudante que te industriou, mas se tivesse te ensinado a acender lamparinas diante de ícones tu as acenderia."
"– É impossível, Piotr Stiepánovitch. O socialismo é uma ideia grandiosa demais para que Stiepan Trofímovitch não tenha consciência disso – interveio com energia Yúlia Mikháilovna.
– A ideia é grandiosa, mas os que propagam nem sempre são gigantes, et brisons-là, mon cher – concluiu Stiepan Trofímovitch, dirigindo-se ao filho e levantando-se com elegância."
"Esperemos que nos perdoem a nós também. Sim, porque todos e cada um são culpados perante os outros. Todos somos culpados!..."
"O desmedido e o infinito são tão necessários ao homem como o pequeno planeta que ele habita..."
"Seu irmão me dizia que aquele que perde o vínculo com sua terra perde também seus deuses..."
(Fiódor Dostoiévski. in Os Demônios)

2 comentários:

Unknown disse...

Caro Eliton,

Gosto muito do Dostoiévski. Mas preciso ler este Os Demônios dele. Já assisti ao filme Demônios de São Petersburgo, do diretor italiano Giuliano Montaldo.
Bacana suas postagens aqui, cara. Se me permite eu a reproduzo no meu Crônicas.

"Aquele que perdeu o vínculo com a sua terra, perdeu-se de seu Deus" (Fiódor Dostoiévski)

Ler sempre!!

Eliton Meneses disse...

Olá, Valdecir Ximenes! É muito gratificante ter um visitante do seu gabarito no blog! Também gosto muito do seu blog! O filme Demônios de São Petersburgo é muito bom, mas fica muito aquém do livro do Dostoiévski, cuja leitura é lenta, longa e difícil, mas quem chega no final, além de ter a impressão de que acabou de ler um clássico de um dos maiores gênios da história, sai com a sensação de que passou a conhecer mais a natureza humana. Quanto à reprodução das postagens, fique totalmente à vontade! Não há melhor forma de socializar o mundo do que começar socializando o conhecimento! Ler sempre! Grande abraço!