quarta-feira, 31 de julho de 2019
1.ª Pessoa
A morte não causa espanto,
Há mortos por todo canto.
Pouco importa a lei de Deus,
Basta não ser um dos meus.
Vosso reino venha a nós,
Todo aquele que tem voz.
Muito limpo o palacete,
Salvo embaixo do tapete.
Possuía tanta cousa
Quem sequer lavava a louça.
Sentada na penteadeira,
Sonhava a moça faceira.
A estranha de cocó
Vai morrer no caritó.
Vão entrar em simbiose,
Logo após mais uma dose.
Empregaram mil fatores,
Disfarçando as suas dores.
Prometera doravante
Ser melhor a todo instante.
Eliton Meneses
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