Acompanhei todas as eleições presidenciais desde a redemocratização. Em
nenhuma delas o eleitorado foi tão bizarro, para dizer o mínimo, quanto o
do Bolsonaro. O eleitorado do Collor, apesar de tudo, em nenhum momento
fugiu da razoabilidade ou descambou para o fanatismo inconsequente. Em
todas elas, o candidato que falasse alguma impropriedade sofria
automaticamente uma queda na intenção de votos. Essa é a primeira em que
um candidato, quanto mais absurdos fala, mais aumenta a sua chance de
ganhar a eleição. Se isso é o novo, sinceramente, prefiro ficar com o
velho...
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Assim como Trump não é cria do Obama, Bolsonaro não é cria do PT; Bolsonaro é cria do nosso tempo cheio de tanto ódio...
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Pelo que prega e pelo que faz, acho estranho que um anti-humano como o Bolsonaro não esteja preso;
Pelo que prega e pelo que faz, acho espantoso um sujeito desse estar há 28 anos se reelegendo como deputado federal para não fazer outra coisa que não disseminar o ódio;
Pelo que prega e pelo que faz, ainda acho inacreditável que um sujeito desse tenha a pretensão de se lançar candidato a Presidente da República;
Pelo que prega e pelo que faz, causa-me perplexidade um sujeito desse ter tirado mais de 46% dos votos válidos do primeiro turno, tendo os eleitores outras 12 opções de voto;
Mas, pelo que prega e pelo que faz, considero o cúmulo do absurdo (não tenho mesmo vocação para naturalizar o mal) um sujeito desse estar na iminência de se tornar Presidente da República, com o voto da maioria dos brasileiros...
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