Era uma vez um pássaro perdido,
voando a esmo no universo infindo;
sem nem saber aonde estava indo;
em cada asa um coração partido.
Também não sabe donde vem fugido;
se nalgum canto ele será bem-vindo;
quando mais tarde o voo der por findo,
fará repouso em qualquer chão batido.
Foi-se meter à beira do abismo,
trazer do fundo o seu paroxismo,
por uma estrada pouco iluminada.
Acreditara no fugaz instante,
se fez espelho de um ébrio errante,
ao dar valor ao que não fora nada.
Eliton Meneses
trazer do fundo o seu paroxismo,
por uma estrada pouco iluminada.
Acreditara no fugaz instante,
se fez espelho de um ébrio errante,
ao dar valor ao que não fora nada.
Eliton Meneses
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