Vi no espelho a solidão do artista,
Com um sorriso a disfarçar a alma;
Uns olhos rasos de perdida calma,
Em tristes versos de feição niilista.
Num horizonte a se perder de vista,
Acumulara cada vez mais trauma;
Quem sabe um dia voltará à Palma,
Para encontrar um velho alquimista.
Nada obstante todo o desencanto,
O definhar em cada despedida,
Da sua verve ainda nasce um canto.
Quando chegar a hora da partida,
Talvez o fim não lhe importe tanto,
Se o novo tempo lhe fizer guarida.
Eliton Meneses
Um comentário:
Parabenizo-lhe pelos seus cantos, que tanto (a nós, anônimos) nos faz guarida.
Att,
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