sábado, 6 de maio de 2017

SONETO XXI


Vi no espelho a solidão do artista,
Com um sorriso a disfarçar a alma;
Uns olhos rasos de perdida calma,
Em tristes versos de feição niilista.

Num horizonte a se perder de vista,
 Acumulara cada vez mais trauma;
Quem sabe um dia voltará à Palma,  
Para encontrar um velho alquimista.  

Nada obstante todo o desencanto,
 O definhar em cada despedida,
Da sua verve ainda nasce um canto.

Quando chegar a hora da partida,
 Talvez o fim não lhe importe tanto,
 Se o novo tempo lhe fizer guarida. 

Eliton Meneses

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabenizo-lhe pelos seus cantos, que tanto (a nós, anônimos) nos faz guarida.
Att,