Ele era feliz com muito pouco;
Fora sempre na vida comedido;
Tudo quanto lhe havia sucedido
Lhe fizera não ter ouvido mouco.
Não juntava mil coisas, feito louco;
Desde cedo seu pão foi dividido;
Aprendeu num casebre desvalido
A não ter e aparecer, tampouco.
Com o sopro na vela, que se apaga,
Levantou-se sereno e já sem pressa,
Ao cruzar pelo mar a pé enxuto.
Logo viu-se curado de uma chaga,
Pela força da crença que professa,
No caminho que leva o Absoluto.
Ao cruzar pelo mar a pé enxuto.
Logo viu-se curado de uma chaga,
Pela força da crença que professa,
No caminho que leva o Absoluto.
Eliton Meneses
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