sábado, 5 de novembro de 2016

SONETO VIII


A riqueza existente neste mundo
Não se faz dividida por igual;
Um menino com fome, moribundo,
 Cata o lixo depois do Carnaval.

 Precisamos de corte mais profundo;
 Não somente migalha ocasional.
 Não podemos chamar de vagabundo
Esse órfão deitado num jornal.  

Vai fugindo tal qual um peregrino
Das trapaças da vida, sem ensino,
À espera das luzes do Natal.

Muitos sonhos povoam esse menino;
Ninguém sabe na vida o seu destino; 
Hoje um reles estorvo social.
 
Eliton Meneses

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