A riqueza existente neste mundo
Não se faz dividida por igual;
Um menino com fome, moribundo,
Cata o lixo depois do Carnaval.
Precisamos de corte mais profundo;
Não somente migalha ocasional.
Não podemos chamar de vagabundo
Esse órfão deitado num jornal.
Vai fugindo tal qual um peregrino
Das trapaças da vida, sem ensino,
À espera das luzes do Natal.
Muitos sonhos povoam esse menino;
Ninguém sabe na vida o seu destino;
Hoje um reles estorvo social.
Eliton Meneses
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