domingo, 16 de outubro de 2016

SONETO VII



Não sabemos o passo dessa dança,
Importada de terras bem distantes;
Nossos pares se lançam confiantes,
 Mas não acham a justa semelhança.

Não importa criar a nossa herança;
 Nossos passos são pouco relevantes;
Os insultos lançados nos rompantes
  Serão marcas perdidas na lembrança.

Somos feitos de bailes redundantes;
Um deserto de almas hesitantes,
Volta e meia tratadas qual criança.

Nesta terra de sonhos abundantes,
 Apesar dessas chagas lancinantes,
 Não podemos perder a esperança.

Eliton Meneses

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