Em
Coreaú, ainda menino, vi uma pichação no Mercado que dizia: "Luiz Rico
nunca mais!". Luiz Rico era Luiz Dico, tesoureiro plenipotenciário da
gestão que acabava de ser derrotada nas urnas. Anos mais tarde, Luiz
Dico foi derrotado por pouco mais de cem votos numa eleição acirrada; na
eleição seguinte, foi eleito prefeito com sobra e depois reeleito com a
saúde já debilitada, até que, poucos dias depois da posse no segundo
mandato, veio a falecer. O certo é que, na democracia, assim como na
vida, o eterno retorno é uma regra que jamais deve ser desprezada,
porque "a eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e
tu com ela..." (Nietzsche), até que a morte nos separe.
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