Às vezes sozinho,
Pego de surpresa,
Você se vê dentro
D'um triste penar.
Saudade medonha
Invade o seu peito,
Não há uma fuga,
No seu cego olhar.
O sonho acabou?!
E agora, menino?
Nada mais importa?
Não quer me falar?
Pergunta consigo:
– Onde é que errei?
Voltar já não pode;
Debalde sonhar.
Um redemoinho
Carrega distante
A carta de amor
Que não pôde dar.
Não há despedida;
De nada adianta
A sua insistência,
Seu quase chorar.
Não valia a pena;
Era só quimera;
Ilusão perdida;
Melhor despertar.
Os velhos amores
Estão do seu lado,
Nunca desistiram;
Por que não voltar?
A vida prossegue;
É só uma chaga
Que logo o tempo
Irá apagar!
Eliton Meneses
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