domingo, 20 de dezembro de 2015

VALE DA SAUDADE


Às vezes sozinho, 
Pego de surpresa,
Você se vê dentro 
D'um triste penar.
Saudade medonha 
Invade o seu peito,
Não há uma fuga, 
No seu cego olhar.
O sonho acabou?! 
E agora, menino?
Nada mais importa? 
Não quer me falar?
Pergunta consigo: 
– Onde é que errei?
Voltar já não pode; 
Debalde sonhar.
Um redemoinho 
Carrega distante
A carta de amor 
Que não pôde dar.
Não há despedida;
 De nada adianta 
A sua insistência, 
Seu quase chorar.
Não valia a pena;
 Era só quimera;
Ilusão perdida; 
Melhor despertar.
Os velhos amores 
Estão do seu lado,
Nunca desistiram;
Por que não voltar?
A vida prossegue;
É só uma chaga
Que logo o tempo 
Irá apagar! 

Eliton Meneses 

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