HAICAIS DE ENTRADA HAICAIS DE SAÍDA
i. i.
Faça-se um rumo No solo sem humo
Baseado na coragem Colorem a estiagem
De perder o prumo. Flores de mofumo.
ii. ii.
Lágrima secou O galo cantou
E o olhar já tão perdido E o peito já partido
Diz-me quem amou. Não acreditou.
iii. iii.
Eis a corrigenda Ó pobre fazenda
Do erro que sei brotou A chuva que despertou
Jogue-o à moenda. Fora mera lenda.
iv. iv.
Folhas e quintais Corvos nos umbrais
E o vento que espalha Atiçam fogo de palha
Toda minha paz. De rusgas banais.
v. v.
Tão pobre é a rima Tão duro é o clima
Que disfarça a mordaça Que sem água na cabaça
À dor que a aproxima. Não há obra-prima.
vi. vi.
Que seja meu grito Proceder sem rito
O louvor a ti, ó terra! Renhida luta sem guerra
De real a mito... Luz de mesmo fito!
Benedito Gomes Rodrigues Francisco Eliton Meneses
Um comentário:
Gostei!
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