domingo, 26 de maio de 2013

FOLHAS DE RELVA



Cesse esse pranto, retome seu passo;
A vida não para; há sonho a embalar.
Não quede silente, estão na espreita;
Há fome por trás de um turvo sonhar.

Supere esse medo, desperte do sono;
O rio inda corre, não pense em parar.
Foi só tempestade, sombrio pesadelo;
  Levante a cabeça e despache o penar.  

Há belo arco-íris e porta entreaberta;
Desarme sua rede e ponha-se a andar.
Esqueça a corrente, agora estás livre;
Se tens duas asas, por que não voar?

A brisa é serena e a manhã mal raiou;
O fardo d'outrora, convém desterrar;
 Há luz e horizonte na vida que segue;
Se a paz irradia, por que não cantar?

Eliton Meneses

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