terça-feira, 14 de novembro de 2017

L


Nós mudamos aos poucos com os anos;
Muda o sol quando chega a primavera;
Chega o tempo que finda a longa espera;
Vão-se as marcas de tristes desenganos.

De repente começam novos planos;
A semente que morre e prolifera
Traz nas flores febris da nova era
Os espinhos sutis de outros danos.

Somos água corrente de um rio;
Uma chama fugaz em noite escura;
A mudança que vem em meio à dor.

Somos folha que voa no vazio;
O sorriso depois da amargura
À procura da foz do puro amor.

Eliton Meneses

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