Para o Rio Coreaú
O rio dobra a curva da barragem;
Passou faz pouco o velho juazeiro;
Cantou no poste o alegre bigodeiro;
Chegou sem pressa após a estiagem.
O verde toma conta da paisagem;
As águas correm em pleno fevereiro;
Ao longe soa o aboio do vaqueiro;
Uma canoa alcança a outra margem.
Nas pedras, fala alto a lavadeira;
Outro menino sobe a mutambeira;
A cobra-grande espreita o Socavão.
A Ponte Velha jaz em meio ao barro;
A densa moita do Poço do Carro
Esconde um bem atento gavião.
Eliton Meneses
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