Da estação lentamente parte o trem;
Hesitante procura outro destino,
Sob os olhos chorosos do menino,
Que do amor proibido foi refém.
Da janela espia um certo alguém;
Um soluço despede um desatino;
Um amor que brotara de inopino,
Que ardia por ele, mais ninguém.
A semente de trigo está na terra;
Muito embora regada, infecunda,
Pela força das coisas que convêm.
Não ousaram subir aquela serra;
Preferiram provar a dor profunda
A perder tudo aquilo que já têm.
Eliton Meneses
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