sábado, 25 de março de 2017

SONETO XVI


Descerás à cova de Montesinos;
Verás o cerne da maldade humana;
O badalo sombrio de uma campana;
Ficarás frente a frente de assassinos.

Ouvirás o cantar de peregrinos,
O profeta que guia a caravana,
 O destino nas cartas da cigana,
 O ocaso de errantes paladinos.

 Sentirás um bafejo congelante,
 O sussurro de um verso florentino,
Com esmero talhado em pedra bruta.

 Saberás nesta noite alucinante,
Através de um sábio clandestino,
A verdade que está fora da gruta. 
 
Eliton Meneses

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