Descerás à cova de Montesinos;
Verás o cerne da maldade humana;
O badalo sombrio de uma campana;
Ficarás frente a frente de assassinos.
Ouvirás o cantar de peregrinos,
O profeta que guia a caravana,
O destino nas cartas da cigana,
O ocaso de errantes paladinos.
Sentirás um bafejo congelante,
O sussurro de um verso florentino,
Com esmero talhado em pedra bruta.
Saberás nesta noite alucinante,
Através de um sábio clandestino,
A verdade que está fora da gruta.
Eliton Meneses
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