sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

SONETO XII


Todos foram reféns das artimanhas 
Deste tempo sombrio de tanto medo.
Todo mundo precisa ficar quedo,
Com um frio correndo nas entranhas.  

Muitos querem fugir para as montanhas;
Outro tenta esconder o seu segredo.
Quase todos em busca de um degredo,
Onde possam forjar suas façanhas.   

Um amigo correu terras estranhas,
Pela sombra miúda do arvoredo,
Desviando o riacho das piranhas.

Acabou esbarrando num rochedo,
Envolvido na teia das aranhas,
Não voltou pra contar o seu enredo.

Eliton Meneses

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