sexta-feira, 30 de setembro de 2016

T. S. ELIOT


In the middle, not only in the middle of the way
but all the way, in a dark wood, in a bramble,
On the edge of a grimpen, where is no secure foothold,
And menaced by monsters, fancy lights,
Risking enchantment. Do not let me hear
Of the wisdom of old men, but rather of their folly,
Their fear of fear and frenzy, their fear of possession,
Of belonging to another, or to others, or to God.
The only wisdom we can hope to acquire
Is the wisdom of humility: humility is endless.

The houses are all gone under the sea.

The dancers are all gone under the hill.

(T. S. Eliot. Four Quartets)

No meio, não apenas no meio do caminho
mas ao longo do caminho, numa densa mata, num cipoal,
Na beira de um precipício, sem ter onde pisar,
Acossado por monstros, luzes surreais,
Meio enfeitiçado. Não desejo ouvir
A sabedoria do ancião, mas a sua loucura,
O seu medo de ter medo e a sua inquietação, o seu medo de ser dominado,
De pertencer ao outro, para o outro, ou para Deus.
A única sabedoria que desejo ter
É a sabedoria da humildade: a humildade sem fim.

As casas estão todas sob as águas.

Os dançarinos estão todos sob o chão.

(T. S. Eliot. Quatro Quartetos) (livre tradução)

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