sexta-feira, 2 de setembro de 2016

SONETO V


Neste templo sombrio onde paraste,
 Vigem regras deveras obscuras;
Os pastores dirão que claudicaste
Ao rebanho sedento de almas puras.

Saberás para sempre que erraste;
Foste igual nesta vida a vis figuras;
Doravante, porém, que acordaste,
Afianças debalde as tuas juras. 

Não soubeste domar o teu instinto;
Te deixaste cair num labirinto,
Seduzido por falsas tentações. 

Não querias saber o que eu sinto,
 Nunca mais sairás desse recinto,
Onde sofres eternas provações.

Eliton Meneses

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