Ó, várzea grande verdejante
Da cana e do mandacaru!
Ó, terra de pássaro errante
De lendas do fundo do baú!
Ó, vale um dia deslumbrante,
Morada do intrépido Arariú;
Das palmas do negro retirante,
Da fazenda do riacho Coreahu!
No horizonte, silhueta u'a serra;
Em setembro, há aroma de caju;
O algodão se foi, restou na terra:
A carnaúba e o voar do sanhaçu.
Torrão de tanta história passada,
De gente que vaga de norte a sul,
Que um dia se foi na tua estrada,
Mas nunca esqueceu teu céu azul.
Eliton Meneses
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