A fria moçoila, sentada na praça,
Olhava distante uma rua sem fim.
De rara beleza, talvez espanhola;
Na tarde de sol, vestida em cetim.
Vênus moderna e ensimesmada,
De rara beleza, talvez espanhola;
Na tarde de sol, vestida em cetim.
Vênus moderna e ensimesmada,
Espraia fascínio por todo confim.
Idílica morena, coração de pedra;
Candura aparente de um serafim.
Fosso assombroso de indiferença;
Espinho elegante de morto jardim.
Encara com asco a mão do pedinte,
Embalde no peito a cruz de marfim.
Furtiva beldade, covil de soberba,
No palco da vida não há arlequim.
Antro inumano, sumiu contrafeita;
Do fruto somente a casca chinfrim.
Eliton Meneses
Idílica morena, coração de pedra;
Candura aparente de um serafim.
Fosso assombroso de indiferença;
Espinho elegante de morto jardim.
Encara com asco a mão do pedinte,
Embalde no peito a cruz de marfim.
Furtiva beldade, covil de soberba,
No palco da vida não há arlequim.
Antro inumano, sumiu contrafeita;
Do fruto somente a casca chinfrim.
Eliton Meneses
2 comentários:
Uma beldade pedante. Foi na Itália que a encontrou?
Nos umbrais do Vaticano, caro poeta! Paradoxalmente, nos umbrais da Santa Sé!
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