Corria meio mundo o boato,
Forjado no imaginário urbano:
Forjado no imaginário urbano:
No banheiro feminino rondava
Uma sinistra boneca de pano.
Algumas alunas não iam,
Com medo da assombração,
Ao banheiro sombrio da escola,
Mesmo no aperto da precisão.
Outras diziam ter avistado
O triste ente sobre-humano.
Os adultos diziam ser estória:
Uma sinistra boneca de pano.
Algumas alunas não iam,
Com medo da assombração,
Ao banheiro sombrio da escola,
Mesmo no aperto da precisão.
Outras diziam ter avistado
O triste ente sobre-humano.
Os adultos diziam ser estória:
Mero invento besta ou engano.
O padre aspergiu água-benta,
Como apelo último da direção;
No banheiro fizeram reforma;
Deram retoque na iluminação.
Malgrado a tentativa inglória,
O medo perdurou ano-a-ano;
Como apelo último da direção;
No banheiro fizeram reforma;
Deram retoque na iluminação.
Malgrado a tentativa inglória,
O medo perdurou ano-a-ano;
O tempo manteve na memória
O mistério da Boneca de Pano.
Eliton Meneses
O mistério da Boneca de Pano.
Eliton Meneses
Um comentário:
A lenda da "Boneca de Pano" rondou a então Escola de 1.º Grau Vilebaldo Aguiar (Grupo), em Coreaú/CE, entre as décadas de 80 e 90. Como um mistério que povoou o imaginário de toda uma geração, não poderia deixá-lo passar em brancas nuvens...
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