domingo, 7 de abril de 2019

Soneto LXIX

                                      To Bauman

Nossa era nascida do fracasso,
Da ruína de todas as promessas;
Com verdades viradas às avessas,
Novo mundo do tédio e do cansaço. 

Pós-moderna razão sem nenhum laço;
Desdenhosa das musas já pregressas;
Como água que corre sempre às pressas;
Tantos egos sem tempo e sem espaço.

Utopia embotada pelo medo;
Tudo volta repleto de segredo;
Das ideias resulta má lembrança.

Derrotado no fim da própria história;
Não é Deus, já não tem nenhuma glória;
Solitário no mar sem esperança.

Eliton Meneses

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