Tarde rubra sertaneja,
Tens a cor da solidão;
Obra-prima benfazeja,
Do Senhor da criação.
Lento filme desbotado,
Em lampejo inusitado,
Me revejo neste chão.
No cenário de menino,
Triste aboio vespertino
Do vaqueiro sem gibão.
No calor da alta estação:
Mata branca ressequida,
Tens a cor da solidão;
Obra-prima benfazeja,
Do Senhor da criação.
Lento filme desbotado,
Em lampejo inusitado,
Me revejo neste chão.
No cenário de menino,
Triste aboio vespertino
Do vaqueiro sem gibão.
Lá distante a velha serra
Inda azula a imensidão;
Quase nada cobre a terraNo calor da alta estação:
Mata branca ressequida,
Uma aragem esmaecida
E a cigarra em louvação.
Pinta o artista em sua tela
A paisagem inculta e bela
Do crepúsculo no sertão.
Eliton Meneses
E a cigarra em louvação.
Pinta o artista em sua tela
A paisagem inculta e bela
Do crepúsculo no sertão.
Eliton Meneses
Foto: Mardone França
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