Vou andar légua tirana,
Gastar chinelo no chão,
No meio da caravana;
Irei para o meu rincão.
Minha terra pequenina,
No meio da caravana;
Irei para o meu rincão.
Minha terra pequenina,
Tu tens cara de menina,
Palma do meu coração.
Vale d'água cristalina,
No teu leito eu escorro,
Morena do pé-do-morro,
De feição tão feminina;
Na festa da padroeira,
Da virgem da Piedade,
Quero matar a saudade,
Dos parentes e da feira;
Nobre Coluna da Hora,
Bem diante da Matriz,
Tanto mais se fica fora,
Mais invade a cicatriz.
Minha velha cajarana,
Onde jaz o meu cordão,
No dulçor da tua cana,
Eu forjei meu coração.
Eliton Meneses
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