Acabo de ler com entusiasmo o livro "Um oásis dos menos favorecidos da sorte: a experiência do Serviço de Promoção Humana, Camocim/CE. 1962-1979", das coreauenses Vera Lúcia Silva e Ana Selma Silva de Aguiar, ambas graduadas em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú.
O livro conta parte da trajetória do Serviço de Promoção Humana em Camocim, entre os anos 1962 e 1979, período de criação, auge e declínio dessa grande experiência nascida a partir da prática religiosa libertadora e ecumênica, cujo objetivo principal era o desenvolvimento integral do ser humano, através de ações sociais de caráter comunitário, na sede e na zona rural de Camocim. Nas palavras das autoras:
"O Serviço de Promoção Humana (SPH), em Camocim, surge dentro do contexto dos anos 1960, momento em que o mundo passava por grandes transformações políticas, sociais e econômicas. Período também em que a Igreja Católica repensava sua ação junto ao leigo e à sociedade. No Brasil a fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1952, abriu caminho para a inserção da Igreja Católica do Brasil no campo social de forma mais intensa e fertilizou o campo para receber as discussões que viriam com o Concílio Vaticano II (1962-1965) e com as conferências episcopais latino-americanas de Medellín (1962) e Puebla (1979).
Construído e constituidor de seu tempo, o SPH nasce com o objetivo de promover o desenvolvimento integral das populações pobres da cidade de Camocim, criando os serviços de: Educação e Cultura, Saúde e Higiene, Recreativos, Trabalho (Produção, Alimentação e Habitação), Jurídicos, Póstumos, Comunicação Social e Transporte. De todos os serviços desenvolvidos, o mais importante foi a educação." (Ed. EGUS, Sobral. 2014. p. 147).
P.S.: Um dos organizadores do livro foi o padre e professor, coreauense, Benedito Genésio Ferreira, cofundador, atual presidente e uma das maiores expressões e referências do Serviço de Promoção Humana.
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