Nessa terra ressequida,
Tantas vezes esquecida,
Pouca água cai no chão;
De um povo resistente,
Desde muito padecente
Das agruras da estação.
Gente pobre oprimida,
Generosa e destemida,
De Luiz, rei do Baião;
Do forró, da simpatia;
De prece e de valentia:
Padim Ciço e Lampião.
Pouca água cai no chão;
De um povo resistente,
Desde muito padecente
Das agruras da estação.
Gente pobre oprimida,
Generosa e destemida,
De Luiz, rei do Baião;
Do forró, da simpatia;
De prece e de valentia:
Padim Ciço e Lampião.
Terra do roceiro bravo,
Da peleja qual escravo,
Do vaqueiro de gibão.
Terra de tanta poesia,
De viola e cantoria,
Da festa de apartação.
Terra do caboco pardo,
Agarrado em duro fardo
Nas lidas da plantação;
De um povo inteligente,
E de mulherio decente;
De Lunga e Frei Damião.
Berço da mãe heroína,
E da doce cajuína,
De Alencar e de Tristão.
Terra de bastante glória,
A mais fértil da história,
Conhecida por Sertão.
Eliton Meneses
Nenhum comentário:
Postar um comentário