quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Soneto XCVI
Atado nos refolhos dos seus medos;
Vencido pela ingente ansiedade;
Perdeu no labirinto a liberdade,
Depois de aflorarem seus segredos.
Cansado de viver de arremedos,
Um duplo procurando identidade;
Ao longe, vislumbrava a sanidade,
Atrás o sonho escorre pelos dedos.
Nutria amor sublime sem coragem,
Até que a vida fez a diferença,
Lembrando dos afetos que esquecemos.
Quem sente à noite junto a mesma aragem
É uno na saúde e na doença,
Pois somos as escolhas que fazemos.
Eliton Meneses
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