quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
Soneto XCIV
Procurava faz tempo algum tesouro,
Escondido na areia do deserto,
Até quando pensou ter descoberto
O segredo que faz do ferro ouro.
Conseguiu se livrar do mau agouro,
Das amarras do além se viu liberto;
Finalmente da noite foi desperto,
Era homem formado e não calouro.
Animou-se com tanto engenho humano;
Agarrou-se com fé na inteligência,
Converteu-se em profeta da razão.
Mas um dia cansou de ser profano;
Quão estreitos os lindes da ciência,
Melhor mesmo o conforto da ilusão...
Eliton Meneses
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário