sábado, 9 de novembro de 2019
Soneto LXXXV
De que importam tantas provações,
Esquivas, escusas e fundamentos?
De que importam autojuramentos,
Se somos guiados por emoções...?
Jamais desvanecem as ilusões,
Hauridas no leito dos sentimentos,
Conquanto nutridas só de momentos,
Do afeto que une dois corações.
Difícil amor que não se desgasta,
Imune às agruras da foz distante,
Sujeito à angústia da longa espera.
Às vezes, a vida se faz nefasta,
Mas há a certeza de um instante
Eterno e fugaz como a primavera.
Eliton Meneses
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