"Everyone wants happiness without any pain, but you can’t have a rainbow without a little rain."
domingo, 30 de junho de 2019
Undécima
Arrodeio não leva a novo ponto;
Pouco importa mudar somente o nome;
Aparece no palco e logo some;
Dá um tédio reler o mesmo conto;
Quanto mais interesse, mais confronto;
Qual cachorro que corre atrás do rabo;
Não se sabe se Deus ou se diabo;
Sempre anjo do mel e da peçonha.
Nada muda de fato nesta história;
Quem cavalga soberbo rumo à glória
Vai montado na besta da vergonha.
Eliton Meneses
Arrabal amargo
Uma poesia em forma de música, como todo grande tango. Dramático, intenso, com uma pitada de humor. Uma das mais refinadas metáforas de Gardel e Le Pera. Uma história com começo, meio e fim. Um tango que dá vida ao subúrbio que habita cada um de nós, em meio ao labirinto do amor, que de alguma forma se confunde com a própria vida. Dois quartetos undecassílabos como introdução; dois quintetos em redondilha maior como refrão; e mais dois quartetos undecassílanos como conclusão: A/rra/bal/a/mar/go/me/ti/doen/mi/vi/da... A última sílaba átona não se conta. Um tango completo, da letra à melodia, que nos faz perguntar: Por onde andam os Gardeis e Le Peras do nosso tempo...?
Arrabal amargo metido en mi vida
Como la condena de una maldición
Tus sombras torturan mis horas sin sueño
Tu noche se encierra en mi corazón
Con ella a mi lado no vi tus tristezas
Tu barro y miserias, ella era mi luz
Y ahora vencido arrastro mi alma
Clavado a tus calles igual que a una cruz
Rinconcito arrabalero
Con el toldo de estrellas
De tu patio que quiero
Todo, todo se ilumina
Cuando ella vuelve a verte
Y mis viejas madreselvas
Estan en flor para quererte
Como una nube que pasa
Mis ensueños se van,
se van, no vuelven más
A nadie le digas que ya no me quieres
Si a mí me preguntan diré que vendrás
Y así cuando vuelvas mi alma te juro
Los ojos extraños no se asombraran
Veras como todos esperaban ansiosos
Mi blanca casita y el viejo rosal
Y como de nuevo alivia sus penas
Vestido de fiesta mi lindo arrabal.
(Gardel/Le Pera)
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Omnia vincit amor
Audiência de apresentação de adolescente acusado de ato infracional.
O juiz pergunta à mãe:
– A senhora tem algo a dizer sobre seu filho?
A mãe responde:
– Sim. Que eu amo ele!
terça-feira, 25 de junho de 2019
Orações em Latim
Signum Crucis
Per signum X crucis, de X inimicis nostris libera-nos Deus X noster.
In nonime Patris X et Fílii X et Spitiui Sancto X. Amen.
Gloria Patri
Glória Patri et Fílio et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio et nunc et semper et in saecula saeculórum. Amen
Ave Maria
Ave, María, grátia plena : Dóminus tecum : benedícta tu in muliéribus, et benedictus fructus ventris tui Jesus.
R/. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen
Pater Noster
Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum : Advéniat regnum tuum : Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie : Et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris. Et ne nos indúcas in tentatiónem.
R/. Sed líbera nos a malo. Amen
Salve Regina
Salve, Regina, Mater misericordiae, vita, dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamamus, éxsules fiIii Evae. Ad te suspirámus geméntes et flentes in hac lacrimárum valle. Eia ergo, advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. Et Jesum benedíctum fructum Ventris tui, nobis, post hoc exsílium, osténde. O clemens, o pia, o dulcis Virgo María!
V/. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.
R/. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Credo
Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae. Et in Jesum Christum, Filium eius únicum, Dóminùm nostrum : qui concéptus est de Spíritu Sancto, natus ex María Virgine, passus sub Pontio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus : descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis : inde ventúrus est judicare vivos et mórtuos. Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecclésiam Cathólicam, Sanctórum communionem, remissiónem peccatórum carnis resurrectiónem, vitam aetérnam. Amen.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Soneto LXXV
Passageiros do trem da zero hora;
Estação de um tempo que passou;
Quem não foi dessa vez ainda chora;
A saudade foi tudo que restou.
Todo mundo um dia vai embora;
É quimera pensar que se livrou;
Mesmo aquele fiel que muito implora,
Assustado, num sopro se apagou.
Tanta gente arrota tanta empáfia,
Atropela o que acha pela frente,
Nos instantes efêmeros da vida.
Arrogante altivez de uma máfia,
Arvorando-se mor que toda gente,
Até quando lhe assalta a despedida.
Eliton Meneses
sexta-feira, 14 de junho de 2019
Soneto LXXIV
A massa não cresce sem ter fermento;
Os olhos não enxergam sem ter a luz;
A obra precisa de mais cimento;
Mais coisas ocorrem a quem faz jus.
Há muitos segredos no firmamento;
Há ouro escondido que nem reluz;
Não basta a ciência, sem sentimento;
Os homens transcendem aos pés da cruz.
Quisera que tudo fechasse a conta;
Quiçá vislumbramos somente a ponta
Tão logo começa, vem a partida;
São muito complexas as coisas da vida;
Do enorme mistério além do nariz.
Tão logo começa, vem a partida;
São muito complexas as coisas da vida;
Queremos ter asa e somos raiz.
Eliton Meneses
terça-feira, 11 de junho de 2019
Soneto LXXIII
Sem coragem sequer de ir na esquina,
Padecia prostrado no seu quarto;
Era jovem mas já estava farto,
Derrotado no ocaso da rotina.
Um castelo deitado em ruína;
Coração quase à beira do infarto;
Tudo quanto fazia era um parto;
Tinha o caos bem diante da retina.
Quão modestas são sempre suas queixas,
Arremedos de mágoa e desrespeito,
Desdenhava dos laços afetivos.
Preocupado no espelho com madeixas;
Olvidava da vida, a despeito
Da receita de anti-depressivos.
Eliton Meneses
Anormal
Sob um certo aspecto, é a anormalidade que nos torna humanos. Somente o ser humano sobe o Everest, arriscando a vida pelo simples prazer de estar no ponto mais alto do mundo. É graças à anormalidade que o mundo se move. A normalidade é a zona de conforto dos bichos.
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