sábado, 6 de janeiro de 2018

BUENOS AIRES


Percorro novamente a cidade. 
Pouca coisa mudou além de mim. 
Cinco anos e meio depois, pouca coisa mudou além de mim. 
O tango é o mesmo na calle Florida.
O tango é o mesmo no Señor Tango.
As ruas continuam as mesmas, elegantes e eternas.
Um café em cada esquina. Maradora, Evita e Gardel...
Em Caminito acena um novo deus:
Um Papa com cuore de pueblo.
O povo fala apressado. Tem cara de poucos amigos.
Não sabe falar português.
Há poucos mendigos nas ruas.
Restaurante por toda parte. Bife de chorizo, Quilmes, papas fritas...
Não há vinho no verão.
A noite agora vem tarde, depois das nove da noite.
O peso tem pouco valor. É quase vinte por um.
As vendas de livro minguaram. Têm pouco Borges e Sabato.
Cortázar parece na moda. Rayuela foi fácil de achar.
Há frutas e flores nas ruas. Um dia de frio e calor.
Um niño que imita Piazzolla. Um acróbata que apronta em Callao.

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