quinta-feira, 12 de outubro de 2017

XXXVII


Preciso compreender a desventura
Da vida entre o céu e o inferno;
Defronto este mundo pós-moderno,
Tão fértil de cinismo e de loucura.

Procuro nos meandros da leitura
A réstia que ficou de amor fraterno;
Transito entre o instante e o eterno,
Tentando desvendar a tela escura.

Preciso resolver os paradoxos,
Embora com a vista encandeada,
Da luta entre Deus e a criatura.

Cansada de purismos ortodoxos,
A gente ainda segue deslumbrada
A arte que desponta na lonjura.

Eliton Meneses

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