quarta-feira, 27 de setembro de 2017

SONETO XXXIII


Gostava do simples e do complexo;
Às vezes saía pela tangente;
Deveras, sentia-se diferente,
Andando no côncavo e no convexo.

Vagava no mundo sempre perplexo;
Buscava na vida ser consequente;
Alguns lhe chamavam de inocente
Ao vê-lo parado sem um reflexo.

Queimou na fogueira por ironia,
Porque não entrara na sua mente,
O livro sagrado sem qualquer nexo.

Sedento de caos e cosmogonia,
Diante do abismo tão inclemente,
Pegou-se a rezar, mas não genuflexo.

Eliton Meneses

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