sábado, 29 de julho de 2017
SONETO XXVII
Canto a terra querida em que nasci;
minha aldeia, morada de minh'alma;
o meu porto seguro, a minha Palma;
o meu solo vermelho em que cresci.
Canto a terra singela onde aprendi
que na vida é preciso agir com calma,
pois o tempo supera até o trauma
dos horrores do tempo em que vivi.
Minha terra deitada em verde vale;
a igreja, a coluna e a velha casa,
o cachorro e os sonhos que perdi.
Não há outra paragem que se iguale;
o meu peito inda queima feito brasa,
desde aquele momento em que parti.
Eliton Meneses
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