segunda-feira, 12 de junho de 2017

SONETO XXIII


                                                                                Para Aury, por supuesto.

O amor é a luz da noite escura;
O farol que guia o desesperado;
A fraqueza do forte enamorado;
A humana mais doce desventura.
  
É a força mais firme da natura;
É a chama no peito exasperado;
É o porto num mar tão agitado; 
É a face mais bela da loucura.  

O amor é um tempo que não passa;
É sentir-se no outro retratado;
O encontro sublime da ternura. 

O amor é assim como uma graça;
O futuro, o presente e o passado;
É um livro secreto, sem leitura.
 
Eliton Meneses

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