As rugas no seu rosto decadente
Contavam a dureza do caminho;
O olhar profundo e inconfidente
Dissimulava a alma em desalinho.
A boca num declive imprevidente
Debulhava segredos de adivinho;
Sua mão, calejada e contundente,
Tinha marca de muito torvelinho.
Seu andar era tosco e reticente;
Seu andar era tosco e reticente;
A cabeça, um vasto pergaminho,
Perdido num mundo indiferente.
Era feito de flores e espinho;
Perdido num mundo indiferente.
Era feito de flores e espinho;
Desde cedo, afoito dissidente;
A coragem diante do moinho.
Eliton Meneses
A coragem diante do moinho.
Eliton Meneses
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