"Não somos seus inimigos, de maneira nenhuma, e dizemos: sigam em frente, implantem o progresso, podem até abalar, isto é, abalar todo o velho que precisa ser refeito; mas quando for preciso, conteremos também os senhores nos limites necessários e assim os salvaremos de si próprios, porque sem nós os senhores apenas deixariam a Rússia fortemente abalada, privando-a da decência, e nossa tarefa é nos preocuparmos com a decência. Compenetrem-se de que somos indispensáveis uns aos outros. Na Inglaterra há os whigs e os tories, que também são indispensáveis uns aos outros. Então: nós somos os tories e os senhores, os whigs..." (Dostoiévski. in Os Demônios)
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
ALTOS E BAIXOS
EM ALTA
A Festa de Setembro 2015 em Coreaú, que, depois de anos seguidos de decadência e marasmo, finalmente transcorreu como nos velhos tempos, tanto no aspecto religioso, quanto no social.
EM BAIXO
A revoada da oligarquia Ferreira Gomes, com seu séquito fiel, para mais uma sigla partidária. A vítima da vez foi o PDT, do admirável caudilho Brizola, que deve estar inconsolável no túmulo... O PSTU que se cuide...
EM ALTA
A Região Metropolitana de Fortaleza, que, na estimativa 2015 do IBGE, aparece como a mais populosa região metropolitana do Norte/Nordeste do Brasil, com 3.985.297 habitantes, ultrapassando as RMs de Salvador e Recife.
EM BAIXA
A decadência do futebol cearense. O Ceará, com estrutura e orçamento de Série A, prestes a ser rebaixado para a Série C; o Fortaleza, no sexto ano consecutivo de Série C, coberto de traumas, roendo as unhas com medo de mais um vexame, agora diante de um famigerado Brasil... de Pelotas; o Icasa rebaixado, numa campanha bisonha, para a Série D; o Guarani de Juazeiro do Norte, na Série D, eliminado na primeira fase... O último que cair apague a luz...
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
HAICAIS
i.
Saia do inferno
De olhar a vida alheia
Sem amor fraterno.
ii.
Todos somos um.
No final desta história,
Sobrará nenhum.
iii.
Grilo saltitante
Foi na relva assassinado
Pelo caminhante.
iv.
v.
Moço pervertido
Diz que é Deus e que agora
Tudo é permitido!
vi.
Vem descendo o trem
A encosta da montanha,
Cheio de desdém.
vii.
Gente indignada:
Mais um pobre torturado,
Sem ter feito nada.
viii.
Onde foi que errei?
Se pergunta o sábio mestre
Diante da grei.
ix.
Quando raia o dia?
Esta noite sufocante
Me dá agonia.
x.
Ouço uma canção:
Tanto sangue derramado
No meu coração.
Eliton Meneses
Saia do inferno
De olhar a vida alheia
Sem amor fraterno.
ii.
Todos somos um.
No final desta história,
Sobrará nenhum.
iii.
Grilo saltitante
Foi na relva assassinado
Pelo caminhante.
iv.
Salve a utopia!
Inda que a alma humana
Sofra de miopia.
Inda que a alma humana
Sofra de miopia.
v.
Moço pervertido
Diz que é Deus e que agora
Tudo é permitido!
vi.
Vem descendo o trem
A encosta da montanha,
Cheio de desdém.
vii.
Gente indignada:
Mais um pobre torturado,
Sem ter feito nada.
viii.
Onde foi que errei?
Se pergunta o sábio mestre
Diante da grei.
ix.
Quando raia o dia?
Esta noite sufocante
Me dá agonia.
x.
Tanto sangue derramado
No meu coração.
Eliton Meneses
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
OS MACACOS DE KIPLING
"Os macacos haviam ocupado uma cidade, abandonada, libertando-se da inferioridade da floresta. 'Entretanto, não sabiam para que haviam sido destinados aqueles edifícios, nem como se servirem deles. Sentavam-se, às vezes, todos, em círculo, no vestíbulo que dava para a Câmara do Conselho Real; coçavam-se e catavam pulgas do pelo – e tinham a pretensão de ser homens... Como os macacos de Kipling, imitamos: eles – os homens; nós: os super-homens. Isto é, os que julgamos superiores a nós, os criadores, os requintados, os progressistas, os que estão, lá do outro lado do mundo, fazendo civilização. Cada vez que um desses fazedores de civilização se mexe para fazer uma revolução ou para fazer a barba, nós, cá do outro lado, ficamos mais assanhados do que a macacaria dos junglais. De uns copiamos a forma de governo e os modos de vestir, os princípios da política e os padrões das casimiras – os figurinos, os alfaiates e as instituições. De outros copiamos outras cousas: as filosofias, mais em voga, as modas literárias, as escolas de arte, os requintes e mesmo as suas taras de civilizados. De nós é que não copiamos nada. E temos assim com a bicharia do apólogo kiplinguiano esses pontos comuns: a inconsciência, a volubilidade e... o ridículo'." (Apud Raymundo Faoro. Os Donos do Poder. Vol. 2. 7.ª edição. Ed. Globo. p. 672)
domingo, 20 de setembro de 2015
DECISÃO HISTÓRICA
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (17), por 8 votos a 3, declarar inconstitucionais normas que permitem a empresas doar para campanhas eleitorais.
Com isso, perdem validade regras da atual legislação que permitem essas contribuições empresariais em eleições.
A decisão do STF não proíbe que pessoas físicas doem às campanhas. Pela lei, cada indivíduo pode contribuir com até 10% de seu rendimento no anterior ao pleito.
Com isso, perdem validade regras da atual legislação que permitem essas contribuições empresariais em eleições.
A decisão do STF não proíbe que pessoas físicas doem às campanhas. Pela lei, cada indivíduo pode contribuir com até 10% de seu rendimento no anterior ao pleito.
N.B.: Aquele sujeito, arauto da moralidade, que ontem vociferava contra a corrupção específica de um partido, mas que hoje deplora a decisão do STF que proibiu doações de empresas para campanhas eleitorais, sem sequer perscrutar os fundamentos da decisão histórica, revela mais uma vez que a sua revolta nada tem a ver com o problema geral corrupção...
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
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