O terrorismo, que ceifou as vidas dos jornalistas, funcionários, policiais e populares em Paris, é condenável e merece o nosso repúdio. Mas isso não quer dizer que devemos repetir frases tolas nem aderir à nauseante pregação das lideranças imperialistas mundiais, que sempre usaram o combate ao terrorismo como pretexto para atingir os seus próprios e ambiciosos interesses.
George Bush, no início do século, declarou guerra ao terror e invadiu o Afeganistão e o Iraque. Agora, estão querendo criar uma tal de frente mundial, comandada pelas potências imperialistas. Não devemos nos sentir representados por Hollande, Netanyahu, Merkel, Rajoy, Cameron e outros líderes de uma ordem imperialista em que o terrorismo de Estado se tornou rotina praticada e fomentada no Oriente Médio, notadamente na Síria e contra os Palestinos.
As potencias imperialista gostam de pretexto para imposição de suas hegemonias, e a hipócrita mídia, que quer capitalizar para si a defesa da liberdade de expressão, se torna a maior inimiga de tal liberdade, na medida em que impõe um pensamento único e uma versão única dos fatos.
Luis Carlos Teles
Advogado
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