domingo, 22 de outubro de 2023

Quintal


Aquele quintal solitário,
Cenário de tanta alegria,
Agora era apenas silêncio,
O tempo passou, quem diria?

Ninguém quis fazer inventário,
Depois que a nuvem passou;
Até mesmo o burro Inocêncio,
Sem nada a fazer, se mandou.

Estava tomado de mato,
A cerca de arame partida;
O pires de leite do gato,
A velha ingá ressequida.

A meia marrom da menina
Há muito largada no chão;
Ficar sem ninguém foi a sina,
Escrita na palma da mão. 

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