Que a nossa ideologia não seja maior do que a nossa humanidade.
sexta-feira, 31 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
domingo, 26 de julho de 2020
Filosofia Futebol Clube
sábado, 25 de julho de 2020
Remoção por permuta
domingo, 19 de julho de 2020
The death instinct
"Then star nor sun shall waken,
Nor any change of light:
Nor sound of waters shaken,
Nor any sound or sight:
Nor wintry leaves nor vernal,
Nor days nor things diurnal;
Only the sleep eternal
In an eternal night."
(The Garden of Proserpine. Swinburne)
sábado, 18 de julho de 2020
Freud : A Very Short Introduction : Anthony Storr
domingo, 5 de julho de 2020
Nariz
sábado, 4 de julho de 2020
Afetos
A conivência com o erro daquele com o qual nos identificamos seria um apanágio dos grupos ideológicos ou seria uma característica de todo agrupamento humano? Na família, há o "passar a mão na cabeça" dos filhos; no trabalho, há o corporativismo; na religião, chega-se à guerra pela ofensa a um irmão de fé... A humanidade é um trem guiado pelo afeto sobre os trilhos da empatia. Toda formação coletiva apresenta as veleidades do indivíduo e tende a padecer, em face do indivíduo, da chaga do autoritarismo. Talvez por isso a necessidade do recurso à Filosofia e à Psicologia, quando nos atormenta a Política e o Direito.
quarta-feira, 1 de julho de 2020
Quo vadis?
Nos meus tempos de criança, o conceito de gente de bem era diferente. Eram pessoas respeitadas naturalmente e tidas como exemplo a ser seguido. Eram pessoas tão confiáveis que tudo que vinha delas era aceito como algo sincero e verdadeiro, acima de qualquer suspeita e, como se dizia então, a gente "botava fé".
Eram pessoas que a gente gostava de saber que existiam, porque isso nos dava a sensação de segurança de que tudo acabaria bem.
Claro que havia, como sempre houve, os que não prestavam, os malandros, os falsos e os que tentavam sempre enganar os outros, mas esses eram chamados com desprezo de "espertalhões".
As pessoas de bem destacavam-se naturalmente dessa ralé moral.
Em alguns países, essa integridade, felizmente, ainda persiste.
Dentre nós, brasileiros, tais valores foram-se perdendo. Quem tenta ser honesto é tido como ingênuo, bobo, crédulo, que merece ser enganado por ainda acreditar e confiar nas pessoas. Para os cearenses é o abestado ou o lesado.
Ultimamente, a mentira virou a moeda de troca. O que antes era tido como um boato, que logo passava, hoje é repetido como verdade incontestável.
Quase todo mundo quer receber e passar adiante as notícias que recebe (e são muitas), como se fosse a atitude certa a tomar, como se decidir de outra maneira fosse atraso ou falta de informação.
A mentira não mais importa, o importante é tentar-se sobressair a qualquer custo. De repente, tem pessoas falando de lugares em que nunca estiveram, postando fotos de uma felicidade que nunca sentiram, até citando escritores que nunca leram e dos quais falam com bastante intimidade!
Quase todos querem passar a ideia de que são felizes, ricos, ajustados e, acima de qualquer coisa, muito, muito divertidos e bem-humorados. E os que não retribuem são chamados de coitados, despeitados, complicados.
Foi nesse triste universo de ilusões e de situações falsas que começaram a surgir e a se agigantar as mentiras em bloco, agora chamadas de "fake news". Elas foram capazes de alavancar candidaturas de políticos, na maioria gente insignificante e sem expressividade, oportunistas de momento, atualmente ocupando altos cargos e espalhando mais mentiras, para se manterem neles. Mantêm até grupos de assessores especializados em criar mais situações ilusórias e mirabolantes. Além desses, os vários seguidores, os quais atacam e ameaçam os poderes legalmente constituídos e seus integrantes, avacalham as instituições, insultam cidadãos e trabalhadores (da área da saúde principalmente nestes tempos), pregam descaradamente a violência, querem a derrubada do Congresso, são defensores da luta armada e do retorno do triste e revoltante tempo da ditadura militar, com seus horrores, perseguições e torturas, como salvação para o Brasil que deverá ficar acima de tudo.
Essas são, agora, AS PESSOAS DE BEM, como elas próprias se intitulam.
Quem descobriu o logro, quem reconhece que foi enganado, quem constatou o golpe de que foi vítima, para não encarar a verdade que não consegue negar, inventa mais mentiras, repassa todas as que recebe, investe contra todos com ódio e raiva, com certeza até de si mesmo, por ter sido tão estúpido.
Precisou-se criar um projeto de lei para impedir que nós brasileiros deixemos de ser fáceis de enganar e seduzir por falsas promessas e "verdades" absurdas: que o presidente ameaçou vetar, quando se transformar em lei, e que seus queridos filhos consideram como mordaça para os que querem espalhar o que lhes convém.
Deus acima de todos!
Gomes (O Anônimo)