Bolsonaro tem quatro pilares fundamentais de apoio: 1) o núcleo econômico, apelidado de "setor produtivo", formado por ruralistas e empresários vorazes; 2) o núcleo religioso, com seus fiéis (evangélicos e católicos) fundamentalistas; 3) o núcleo cibernético, com os "anônimos" da indústria de "fake news" e 4) o núcleo militar, com as viúvas e saudosistas da ditadura militar. Apesar do vigor desses quatro pilares, a longevidade do governo Bolsonaro dependerá mais da recuperação a curto prazo da economia no pós-pandemia do que da atuação desses quatro núcleos. O governo sabe disso e por isso insiste tanto na retomada a todo custo das atividades econômicas, mesmo no ápice da crise de saúde. Para um governo insensível, em 2022, as mortes serão esquecidas; os efeitos da crise econômica, não. Há um cálculo político nisso. Um cálculo e uma certeza de que não há governo que resista a uma crise econômica crônica...
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