domingo, 1 de julho de 2012

NADA DE NOVO NO FRONT



Pintaram minha aldeia
De números, letras e de cores.
Mas esqueceram de pintá-la
De autênticos valores.

Se o povo qual rebanho
É tratado pelos condores,
Não há luz no horizonte 
Para alívio de suas dores.

Na disputa ao trono da tribo
Há sempre os mesmos atores.
Espectro de u'a elite tacanha; 
Assovio de metais tentadores.

Acéfala a caravana prossegue
No círculo de falsos redentores
Esquecida de que só ela mesma
Tem a cura dos seus dissabores.

Quiçá em meio a tanta pedra
Possamos colher algumas flores:
"Arrancar algum roçado da cinza".
Libertar o povo de seus temores.

Francisco Eliton Meneses

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