(aos amigos poetas Gildemar Pontes e Eliton Meneses)
Nossa vida, sorte ou sina,
Uma chama pequenina
Se acende quando nascemos.
Com toda a força que temos
E com tudo o que sentimos
Mantê-la acesa, queremos
Mas, por mais que nós lutemos,
Finalmente, sucumbimos.
E assim, anos a fio
Num imprevisível navio
Sem leme, vela nem remos
Para o mar, todos descemos
Por um rio sinuoso,
A nossa chama, mantendo
Por nossa vida, temendo
Rumando ao mar tenebroso.
No mar, a primeira vaga
A débil chama apaga
E assim, nós todos morremos
Por mais que nos esforcemos.
E o que sobrou da descida?
Só os amores que vivemos
E a poesia que escrevemos
É o que restou desta vida!
(Fortaleza, Ceará, 18/09/2020)
Ricardo Emílio Nogueira
(um engenheiro que ama literatura e música)
Um comentário:
Valeu, grande poeta! Obrigado!!
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